Tratamento das Disfunções Sexuais | Psicologo Rio de Janeiro

Tratamento das Disfunções Sexuais

Tratamento das disfunções sexuais no Psicologia Rio com psicólogos especialistas. Conheça agora o protocolo da terapia cognitivo-comportamental para os transtornos sexuais.

O que é normal e o que é disfunção em sexualidade?

A normalidade está relacionada ao fato da sexualidade ser compartilhada de forma que o casal esteja de acordo com o que é feito, sem caráter destrutivo para o indivíduo ou para o parceiro e que não afronte regras comuns da sociedade em que se vive. Dito de outra forma, consideram-se normais todos os comportamentos sexuais que forneçam gratificação a ambos os parceiros, que não causem sofrimento a ninguém, que não se associem a sintomas de ansiedade.

As disfunções sexuais são perturbações nos processos que caracterizam o ciclo de resposta sexual ou por dor associada com a relação sexual. O ciclo de resposta sexual pode ser dividido nas seguintes fases:

1 – Desejo: Esta fase consiste em fantasias acerca da atividade sexual e desejo de ter atividade sexual.

2 – Excitação: Fase de preparação para o ato sexual desencadeada pelo desejo. Junto com a sensação de prazer, surgem alterações corporais que são representadas basicamente no homem pela ereção e na mulher pela lubrificação vaginal e aumento dos mamilos.

Platô: Fase em que a excitação se estabiliza e permanece em seu ponto máximo.

3 – Orgasmo: É o clímax de prazer sexual, sensação de prazer máximo, que ocorre após uma fase de crescente excitação. No homem, junto com o prazer ocorre a sensação de não conseguir mais segurar a ejaculação, e então ela ocorre; e na mulher, ocorrem contrações na musculatura genital.

4 – Resolução: Esta fase consiste em uma sensação de relaxamento muscular e bem-estar que ocorre após o orgasmo, e para os homens em geral, associa-se ao seu período refratário (intervalo mínimo entre ereções). Na mulher este período refratário não existe, podendo responder a uma estimulação adicional quase que imediatamente.

O diagnóstico de disfunção sexual está reservado para casos em que as dificuldades com o funcionamento sexual ocorrem de forma persistente e causam aflição significativa ou problemas para o indivíduo ou casal. Ao determinar se as dificuldades sexuais justificam um diagnóstico profissional, deve-se levar em consideração a idade e a cultura do paciente, bem como o curso do problema.


Tipos de Disfunções Sexuais

Nas mulheres podem ocorrer:

  • Transtorno do Desejo Hipoativo (Libido);
  • Aversão ao sexo (Fobia);
  • Anorgasmia (dificuldade ou ausência de orgasmo);
  • Vaginismo (contração involuntária dos músculos pélvicos impedindo a penetração);
  • Dispaurenia (dor na relação sexual não causada por fatores orgânicos);
  • Transtorno da Excitação Sexual Feminina (pouca ou nenhuma sensação subjetiva de excitação).

 

Nos homens podem ocorrer:

  • Transtorno Erétil (incapacidade de obter ou manter uma ereção até a conclusão do ato sexual);
  • Transtorno do Orgasmo Masculino (ausência de orgasmo após excitação normal);
  • Ejaculação Precoce (déficit do controle voluntário sobre a ejaculação);
  • Ejaculação Retardada (dificuldade na ejaculação);
  • Falta de Desejo (baixa libido).


Causas das Disfunções Sexuais

Orgânicas: Doenças vasculares; diabete e outras doenças que afetam o sistema nervoso central e o periférico; níveis hormonais; álcool; medicamentos; fumar cigarros; processo natural do envelhecimento; patologias penianas; dores crônicas e outros.

Psicossociais: Depressão; estresse; problemas financeiros; ameaça de perda do emprego; aspecto da atratividade insatisfatório; medo do desempenho; antecipação do fracasso; atitude severa dos pais; ameaça de punição por falhas; problemas de relacionamento do casal; fatores culturais; crendices e mitos sexuais; experiências passadas (violências, traumas); comunicação insatisfatória e repertório sexual restrito.

Tratamento das Disfunções Sexuais

A Terapia Cognitivo-Comportamental vem apresentando respostas bastante satisfatórias no tratamento das disfunções sexuais. O tratamento das disfunções sexuais envolve uma avaliação médica e psicossocial criteriosa. Em alguns casos a terapia sexual pode ser acompanhada de medicação.

Para iniciar o tratamento o terapeuta cognitivo-comportamental costuma utilizar algumas sessões para a avaliação e formulação de um plano de tratamento, em que é possível conhecer os antecedentes, detalhes com relação à natureza e a amplitude das dificuldades sexuais e dispor de conhecimento geral sobre fatores causais e de manutenção das dificuldades sexuais.

O objetivo primário da terapia sexual é ajudar o casal ou o cliente a desenvolver um relacionamento sexual mais satisfatório. Além disso, apresenta outros objetivos, como por exemplo auxiliar o cliente a descobrir o que é satisfatório e adequado na atividade sexual, diminuir a ansiedade que atrapalha o desempenho, estimular a confiança e a segurança (autoconhecimento e conhecimento do parceiro) e aumentar o seu repertório sexual. Para uma boa relação sexual o terapeuta também pode incentivar uma distribuição das responsabilidades, o emprego de fantasias e uma visão mais sensorial, lúdica e descomprometida.

O protocolo cognitivo-comportamental costuma abarcar os seguintes aspectos no tratamento das disfunções sexuais, conforme segue abaixo:

Psicoeducação sexual: A educação pode ser um dos componentes mais importantes da terapia sexual. Crenças equivocadas, expectativas fora da realidade e falta de informação com relação à fisiologia , à anatomia e ao funcionamento sexual cumprem papéis centrais na causa e na manutenção da disfunção sexual. Como resultado, a psicoeducação leva , às vezes, a melhorias rápidas nas primeiras sessões.

Controle de estímulos: No contexto da terapia sexual, o controle do estímulo diz respeito a um esforço para criar condições que levam a um funcionamento sexual saudável. Fatores biológicos, psicológicos e interpessoais afetam, todos eles, o funcionamento sexual. Fatores positivos e negativos em cada uma dessas áreas interagem para afetar a excitação sexual. Alguns exemplos de fatores biológicos são doenças, drogas, álcool, cigarros ou mesmo a fadiga. Os fatores psicológicos incluem a autoestima, humor, ansiedade, pensamentos e atitudes. Os fatores interpessoais incluem a atração física em relação ao parceiro e uma atitude positiva para com ele. É explicado aos pacientes que mesmo um tratamento médico pode não levar a excitação sexual se não houver condições psicológicas e interpessoais favoráveis. Cada membro do casal pode gerar uma lista de condições ou fatores que afetem positivamente e negativamente sua excitação sexual.

Reestruturação cognitiva: É comum ao paciente com dificuldades sexuais ter pensamentos como “tomara que funcione dessa vez”, “vou decepcionar de novo”, “eu não quero fazer isso” e “vai doer”. Esses pensamentos não são relaxantes nem excitantes, e nada mais natural que, quando esses pensamentos passam pela cabeça dele, ele não se sinta excitado sexualmente. Um componente do tratamento é questionar os pensamentos negativos que o distraem durante o funcionamento sexual. Isso permite que o paciente volte seu foco aos pensamentos associados à atividade sexual prazerosa.

Técnicas comportamentais: essa etapa do tratamento consiste em fornecer instrumentos e técnicas para o treinamento e o desenvolvimento de uma atividade sexual mais satisfatória. Algumas dessas técnicas são prescritas como tarefa de casa, e na sessão seguinte terapeuta e paciente discutem seus resultados. Outras são treinadas durante a sessão, como, por exemplo, técnicas de relaxamento e treinamento para uma comunicação mais adequada. O foco sensorial, por exemplo, é uma técnica muito empregada no tratamento dos transtornos da excitação.

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Quem vive uma sexualidade sadia vive mais pleno e feliz!


Alexandre Alves – Psicólogo Clínico

CRP 05/39637