A Psicologia Rio possui psicólogos especialistas para o tratamento da depressão. Conheça agora quatro tratamentos psicoterápicos com evidências clínicas comprovadas de eficácia usados no transtorno depressivo maior.
O que é Depressão?
A depressão tem o transtorno depressivo maior (TDM) como a doença mais comum. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV-TR; American Psychiatric Association, 2000), define o TDM como um transtorno de humor caracterizado por um ou mais episódios de depressão maior. Um episódio depressivo maior implica um período de pelo menos duas semanas nas quais a pessoa tem humor deprimido ou perda de interesse ou prazer em quase todas as atividades durante o dia, quase todos os dias, acompanhado de pelo menos quatro outros sintomas de depressão presentes todos os dias. Os sintomas de depressão são:
- Perda ou ganho significativo de peso (não relacionado a dietas), ou redução ou aumento de apetite.
- Insônia ou hipersonia.
- Agitação ou retardo psicomotor grave o suficiente para ser observado por outras pessoas.
- Fadiga ou perda de energia.
- Sentimentos de inutilidade, ou culpa indevida ou excessiva.
- Reduzida capacidade de pensar ou se concentrar, ou indecisão.
- Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida recorrente sem um plano específico ou tentativa de suicídio ou plano específico para cometê-lo.
Para cumprir os critérios completos para um episódio depressivo maior, os sintomas do paciente devem causar aflição clinicamente significativa ou prejuízo social, ocupacional ou em outras áreas de funcionamento importantes. A depressão está associada a retraimento social e dificuldade de funcionamento social e ocupacional. O diagnóstico não pode ser feito se os sintomas atenderem os critérios de um episódio misto, no qual coexistiram sintomas de um episódio maníaco e de um episódio depressivo maior. Os sintomas tampouco podem se dever a efeitos fisiológicos diretos de uma substância ou de uma condição médica geral. Por fim, os sintomas não podem ser melhor explicados pela morte de um ente querido, a menos que persistam por dois meses após a perda ou incluam prejuízos funcionais importantes ou sentimentos intensos de inutilidade, ideação suicida, sintomas psicóticos ou retardo psicomotor.
Quais as causas para a Depressão?
Fatores genéticos: pessoas que possuem história de depressão familiar podem ter uma predisposição maior em apresentar um episódio depressivo em um dado momento da vida;
Fatores Bioquímicos: a ciência pode demonstrar que existe uma interação complexa entre os sistemas monoaminérgicos. Esses sistemas são compostos por neurônios que contém norepinefrina, serotonina e dopamina, exercendo efeitos de integração sobre outras atividades e envolvendo-se na regulação da atividade psicomotora, apetite, sono e, provavelmente, do humor.
Fatores psicossociais: os fatores psicossociais são aqueles que o terapeuta cognitivo-comportamental terá a oportunidade de trabalhar junto com a pessoa que está deprimida, ajudando-a a melhor compreender e organizar seus problemas, monitorando, identificando e modificando padrões de comportamento e pensamento. Exemplos desses fatores podem ser: baixa autoestima, tendência a ver as situações com um certo pessimismo, deixar-se abater pelo estresse; e situações externas, como dificuldades financeiras, doença crônica ou qualquer alteração indesejada na vida.
Tratamento da Depressão
Muitas pessoas acometidas pela depressão podem ser beneficiadas apenas com um tratamento psicoterápico adequado. No entanto, alguns pacientes necessitam também, de modo paralelo, de um tratamento medicamentoso, para que seja possível o primeiro passo de uma melhora efetiva na remissão dos sintomas.
A terapia cognitivo-comportamental vem apresentando respostas mais rápidas e eficazes no tratamento deste transtorno. É atualmente considerada a abordagem das mais eficazes para o tratamento da depressão. Eis alguns tratamentos baseados na abordagem cognitivo-comportamental utilizados na psicoterapia para depressão com evidências clínicas comprovadas:
(a) Ativação Comportamental. O terapeuta cognitivo-comportamental irá ajudar o paciente a reorganizar a sua vida e a sua rotina desorganizada pela depressão, estimulando um maior contato com atividades que possibilitem melhora do humor e que tratem dos problemas secundários (aqueles que são decorrentes da depressão, por exemplo ver muita TV, ficar muito tempo na cama, não tomar banho e outros) e primários (fatores que deixam a pessoa vulnerável a depressão) que são mantenedores dos sintomas. O tratamento da Ativação Comportamental geralmente envolve abordar inicialmente os padrões básicos de evitação e áreas de prejuízo às rotinas e, em segundo lugar, tratar de objetivos de curto e longo prazo. Sendo assim, são estabelecidos objetivos de curto prazo para especificar realizações concretas que possam ajudar os pacientes a mudar a situação de suas vidas em uma direção menos depressiva. Entre os exemplos comuns, limpar a casa, conviver com amigos e familiares, mexer em uma pilha enorme de papéis em que o paciente tem adiado a trabalhar, fazer exercícios com mais frequência e assim por diante. Objetivos de vida de longo prazo são aquelas mudanças que levam tempo para se estabelecer, mas têm potencial de alterar a situação de vida da pessoa em aspectos importantes. Entre os exemplos comuns estão conseguir um emprego novo, sair de um relacionamento problemático, começar um novo ou se mudar de cidade. Os pacientes aprendem no tratamento da Ativação Comportamental estratégias que podem ser usadas para atingir objetivos de curto prazo e outros, mais amplos.
(b) Terapia Cognitiva. O terapeuta cognitivo ajuda a promover uma reestruturação cognitiva na forma que o paciente vivencia e lida com os seus problemas, através do uso de técnicas como identificação e questionamento de pensamentos e crenças distorcidas que determinam o sentimento e o comportamento depressivo. Neste caso, terapeuta e cliente assumem, conjuntamente, a tarefa de realizar um teste de realidade, isto é, analisar os fatos que ocorrem na vida de forma mais acurada e empírica, corrigindo os possíveis pensamentos e crenças distorcidos (empirismo colaborativo);
(c) Terapia Interpessoal (TIP). Auxilia no desenvolvimento e treinamento de habilidades, sobretudo habilidades sociais, que capacitam o paciente a se relacionar melhor e mais satisfatoriamente com as pessoas. O tratamento da depressão com a terapia interpessoal (TIP) vem ajudando pacientes com transtorno depressivo maior a se recuperar da depressão, aliviando os sintomas e ajudando-os a desenvolver estratégias mais eficazes para lidar com os problemas interpessoais atuais relacionados ao início dos sintomas. A terapia emprega o modelo médico e se concentra em eventos, dificuldades interpessoais e sintomas recentes ou atuais da vida do paciente. A TIP destaca a inter-relação entre humor e eventos na vida: eventos negativos ou estressantes da vida afetam o humor e, por sua vez, estes afetam a maneira com a qual as pessoas administram eventos negativos ou estressantes. O tratamento enfoca uma entre quatro áreas interpessoais problemáticas; luto, disputas de papel, transições de papel, e déficits interpessoais. O terapeuta ajuda o paciente a resolver a área problemática interpessoal escolhida, aliviando assim os sintomas e possibilitando a recuperação da depressão.
(d) Terapia do Esquema. Ajuda o paciente a tratar das suas vulnerabilidades psicológicas que o deixa mais suscetível a desenvolver uma depressão diante de eventos estressantes. A terapia do esquema tem por objetivo mudar a forma de encarar, interpretar e reagir aos esquemas quando ativados por estímulos ambientais. Os esquemas são crenças e sentimentos importantes sobre si mesmo e o ambiente que o indivíduo aceita sem questionar. Eles são autoperpetuadores e muito resistentes a mudança. A terapia do esquema é indicada para pacientes com depressão reincidente e com início precoce em suas vidas.
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Alexandre Alves – Psicólogo Clínico
CRP – 05/39637