A crise da meia-idade masculina, também conhecida pejorativamente como “idade do lobo”, seria uma fase de mudança que ocorre a partir da confrontação do indivíduo com o envelhecer e, como consequência, a ideia de ser temporal ou finito.
Na tentativa de conter a angústia dessa fase, alguns homens passam a tomar atitudes que podem provocar estranheza para seus familiares como, por exemplo, gastar tempo exagerado cuidando da aparência, mudar repentinamente de emprego ou mesmo realizar algum sonho de consumo de quando tinha 20 anos de idade.
Outro sintoma claro da crise de meia-idade masculina é a insegurança causada pelo processo e que faz a pessoa procurar antigas namoradas tentando entender o que deu errado com os antigos relacionamentos, e, sobretudo, o que há de errado com ele mesmo.
Um aspecto sofrido que muitos homens experimentam durante o processo é a paixão quase sempre obsessiva por uma mulher mais nova, em que ele se sente insuficiente e não merecedor daquele amor.
É comum constatar que durante esse processo de mudança homens que se acreditavam donos de grande autoconfiança em relação aos jogos de sedução se desestruturam a ponto de apresentarem avassaladoras crises de ciúmes motivadas pela ansiedade instaurada.
A crise da meia-idade masculina, seja ela aguda ou não, requer uma mudança estrutural e de significados na própria vida, o que pode levar a pessoa a lidar com seus processos psíquicos de modo mais sábio. A pessoa precisa alinhar-se consigo própria para que possa ir em direção ao que necessita na vida, trabalhando a perda e o desligamento do imaginário familiar do qual ela está se divorciando.
Na terapia dos homens que enfrentam a crise, é fundamental se trabalhar a libertação do indivíduo em relação ao passado.
Carl Gustav Jung utilizava o termo “sacrifício” para denominar a renúncia de uma atitude psicológica em prol de outra com um significado mais profundo e amplo. O processo da mudança, por vezes muito sofrido, segundo Jung, daria frutos que levaria o homem rumo a sua completude.
A fase de mudança pode desencadear uma crise muito benéfica. É possível se passar pelo processo de um modo criativo, viabilizando assim, a passagem para a segunda metade da vida com uma bagagem muito positiva.
A superação da crise da meia-idade masculina reserva ao indivíduo um sentimento de conquista. É comum, após a crise passar, sentir-se muito mais ajustado consigo próprio.
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Fonte: Psique Ciência&Vida
Alexandre Alves – Psicólogo Clínico
CRP 05/39637